domingo, 10 de março de 2013

Sonetos do Viandante (16)

Claude Monet - Tempestad en Belle-Île (1886)

16. Sigo a sombra do relâmpago

Sigo a sombra do relâmpago
e oiço o cântico das aves.
Caminho estrada fora
sem destino e sem imagem.

Espero a voz da floresta,
o enigma da primavera,
o canto de uma sereia,
a esperança que me resta.

E se chegas com o vento
ou trazes as grandes chuvas,
deixo o tempo vagaroso

correr entre as minhas mãos.
Nelas das tuas haverá
a sombra e o frio silêncio.

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